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É importante conquistar e valorizar as amizades

julho 14, 2016

francisco_rebouçasEncontramos no dicionário da língua portuguesa, o verdadeiro sentido da palavra amizade, como segue:

Amizade: do Lat.  *amicitate – s. f., afeição; amor; boas relações; laço cordial entre duas ou mais entidades; dedicação; benevolência.

Levando em consideração as definições apresentada pelos estudiosos da nossa língua, reflitamos com sinceridade: estamos dedicando nossa amizade em seu verdadeiro sentido para aqueles a quem chamamos de amigo?

Caso nossa conclusão seja positiva, resta-nos seguir adiante, sedimentando cada vez mais em nossas relações essa sublime virtude. Se ao contrário, chegarmos à conclusão que não, é sinal de que é chegado o momento de mudar nossa postura diante daqueles que nos dedicam sua amizade. Para tanto, comecemos por refletir: costumamos parar e ouvir com atenção os nossos amigos; ou somos daqueles que só nos aproximamos deles quando temos necessidades de desabafar com alguém capaz de nos ouvir as reclamações?

“A amizade é o sentimento que imanta as almas umas às outras, gerando alegria e bem estar.

A amizade é suave expressão do ser humano que necessita de intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.

Inspiradora de coragem e de abnegação, a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.

Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!

O Egoísmo afasta as pessoas e as isola.

A amizade apazigua e alegra os indivíduos.

A desconfiança, desarmonia as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.

Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental…” (1)

Amigo de verdade é aquele que se interessa por saber como está o outro; que telefona para saber e dar as boas notícias; que se coloca à disposição do outro para estender a mão a qualquer necessidade deste; que vai até sua casa quando não consegue o contato com ele por telefone; que se dispõe a ouvir o que o outro tem para falar ou desabafar, silenciando ou se pronunciando quando houver realmente necessidade. Caso não tenha condições de ir até o amigo, convida-o para vir até seu encontro e o ajuda como puder, sacrificando muitas vezes até mesmo seu lazer, seu descanso etc.

Procura com muito cuidado interferir o menos possível nas decisões que só ao outro compete fazer, dando-lhe sua contribuição de esclarecimento se for inquirido sobre o assunto de maneira equilibrada e com bom-senso, mas respeitando sempre a decisão do mesmo, pois que ele tem o livre-arbítrio para escolher o que lhe seja conveniente. O amigo consciente muitas das vezes nada diz mantendo apenas o silêncio com que expressa sua amizade embora não concorde com que o outro está dizendo, aguardando momento mais adequado para alertá-lo sobre sua posição impensada, evitando se apresentar como o dono da verdade, pois ser amigo é colocar-se no lugar do outro e fazer-lhe o que gostaria que o outro lhe fizesse em tal situação.

Amizade solicita-nos valorizar os problemas do outro, e não achar que o nosso é o maior problema do mundo, observar também que Deus nos confiou à ação de zelarmos como nos for possível pelo bem estar do nosso semelhante, esclarece-nos que em muitos casos ao contribuirmos para a solução do problema do outro, encontramos saídas ou até soluções para os nossos próprios problemas.

Nas casas espíritas, deparamos muito com um tipo de amizade, que em nada se parece com o sentido verdadeiro da palavra, convive-se com os irmãos de crença apenas nos dias e horários de atividades espíritas e logo que estas se encerram todos se dirigem às suas atividades e afazeres, só se reencontrando na próxima reunião se um não faltar ninguém. Saímos todos correndo, sem tempo se quer para notarmos muitas das vezes que alguém está necessitado de um ombro amigo, um ouvido paciente, ou até mesmo uma simples companhia naquele momento tão difícil que atravessa.

Precisamos estar atentos para observar a ausência dos companheiros, e procurá-los para saber os motivos da ausência sem críticas ou especulações descabidas, pois suas ausências em muitas das vezes são provocadas, por motivos graves como doenças, perda de familiares ou entes queridos, em virtude de desemprego etc., e levar-lhes nossa palavra fraterna sincera e encorajadora, de apoio, incentivo e esperança em dias melhores.

Em muitos casos ouvimos até comentários de alguns, que esse amigo que está faltando, é pessoa conhecedora da doutrina espírita, e que mais nada nos cabe dizer-lhe, e que se assim procede é por que quer fazer uso do direito de utilizar seu livre arbítrio da maneira que desejar, esquecendo-se esses irmãos, que todos estamos em processo evolutivo e que ainda nos achamos muito distantes da perfeição e que por isso somos passíveis de tropeçarmos nos obstáculos do caminho, sem que por isso estejamos escolhendo conscientemente o caminho do erro.

É necessário que nos utilizemos dos conhecimentos que possuímos da doutrina espírita para usarmos de forma útil e carregada do nobre sentimento da amizade, para que nos fazendo amigos dos outros, possamos por nossa vez granjear amizades verdadeiras em nossa longa estrada a caminho da angelitude, pois, com certeza, mais cedo ou mais tarde nossos amigos muito nos ajudarão ou muito nos farão falta.

Francisco Rebouças.

É importante conquistar e valorizar verdadeiras amizades

Referência:
(1) Franco Divaldo Pereira, pelo Espírito Joanna de Ângelis. Livro: Momentos de Esperança, Cap. 9.

Nota do Editor:
Imagem ilustrativa em destaque disponível em
<http://www.buset-online.com/international-friendship-day/>.
Acesso em: 14JUL2016.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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