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A vida é dinheiro?

novembro 13, 2017

– Pai, a vida é dinheiro?

Essa foi a pergunta de Renato, meu filho, quando voltávamos para casa.

-Por que, filho, você pergunta isso?

-Sabe, pai, tudo a gente tem que pagar, tirar a carteira e pegar dinheiro.

-Não, filho, A VIDA É AMOR.

Calou-se, porque não entendeu a extensão do significado em face da sua idade.

Nesse momento, lembrei-me e perguntei, como sempre faço: – Filho, colocou o cinto de segurança?

-Não, pai, vou colocar.

Foi a “deixa” que precisava para expressar-me melhor.

-Filho, disse, isso é amor. Papai te ama e preocupou-se com sua segurança e sua vida. Quem ama cuida, entendeu?

-Ah!, agora sim. Amor é cuidar, né, Pai?

– Sim, filho, quem ama, cuida. E continuei: – Você percebeu, que não precisamos do dinheiro para amar?

Ah, essas crianças….

*   *   *

Esta pequena história que aconteceu comigo é material para profundas reflexões.

Se formos, com sinceridade, fazer uma análise de nossa vida, das coisas mais importantes que possuímos, vamos verificar que não tem dinheiro que compra. O amor dos filhos, dos pais, amigos verdadeiros, a saúde, a natureza, a paz interior, a felicidade…..

Os Espíritos amigos não se cansam de afirmar que a felicidade é uma condição íntima, construída por nós com a semente do amor que plantamos em nossos corações. Não obstante, a buscamos no exterior, nos bens materiais que “possuímos”, nas vantagens transitórias que o mundo pode nos oferecer.

O que o dinheiro pode fazer por nós em algumas situações que enfrentamos na vida, tais como: desencarnação de um filho, fim de um casamento, perda de entes queridos, filhos dependentes químicos, obsessão?

Nada, absolutamente, nada!

A maior provação que já passei até agora na minha vida, dinheiro nenhum poderia solucionar. Talvez até tivesse precipitado o fato.

Conheço pessoas que ganham um salário mínimo e que são muito mais felizes que outras riquíssimas que tenho amizade. Estão sempre de bem com a vida, de nada reclamam, fazem churrasco todo fim de semana com carne de segunda e tomam a cerveja mais barata. Mas aquele sorriso no rosto de quem realmente é feliz está ali estampado.

Busquemos olhar para o lado, para as dores e sofrimentos de verdade, antes de ficarmos exigindo aquilo que ainda não merecemos ter. Nunca nos esqueçamos que não são as coisas e as pessoas que nos cercam que nos fazem infelizes e, sim, nossa incúria, nosso orgulho, egoísmo, a inveja, a maledicência, o ciúme, a vaidade – enfim, nossos defeitos.

Somente a prática do amor nos ensinado por Jesus poderá nos oferecer a paz e a felicidade que nossa condição espiritual comporta aqui na Terra.

Desta forma, rico e pobre passam pelas mesmas ou parecidas dificuldades, pois problema não escolhe endereço.

Fernando Rossit

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <http://www.gestion-de-stress.org/rire-soi>.
Acesso em: 13NOV2017.

Fernando Rossit
Fernando Rossit

Funcionário público, residente em São José do Rio Preto, Espírita desde 1978, trabalhador da Associação Espírita Allan Kardec, atuando como Doutrinador, Médium Psicofônico, Orador e Instrutor Cursos da Doutrina Espírita.

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