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Família, uma bênção na vida da gente!

dezembro 3, 2017

Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” – Jesus. (Mateus, 18:33.)

A família é o alicerce inicial do qual não prescindimos para estabelecer as bases seguras da imensa responsabilidade confiadas a cada um de nós na manutenção da saudável convivência na sociedade em que nos movimentamos.

É justamente nesse pequeno grupo doméstico, que se iniciam para todos nós as experiências indispensáveis no campo da fraternidade universal, onde ensaiamos os primeiros passos para os elevados empreendimentos sob nossa responsabilidade em favor da construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.

“A família consanguínea é a lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se revestem de paciência, renúncia e boa vontade.

De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.

Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que  já  demandaram  à  esfera superior, dignamente areolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, para restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para os cimos da vida.

Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos.” (1)

Na sociedade hodierna, observamos um improcedente desprezo e desrespeito ao instituto sagrado da família, atitudes infelizes que derivam da falta de maturidade que gera insatisfações e desarmonizam as mentes e os corações inseguros diante dos desafios da vida em família.

Dessa forma, surpreendidos pelos inumeráveis problemas naturais de um planeta de provas e expiações, muitos adultos por irresponsabilidade ou mesmo por imaturidade, perante os compromissos graves e sagrados do lar, deixam-se arrastar pelas loucuras do prazer carnal mundano, em detrimento do dever assumido perante a família.

Muitos pessimistas apostam na falência da família, como se na estrutura fracassada de uma união não lhes coubessem qualquer fatia de responsabilidade, esquecem que o problema da maioria das separações tem origem na invigilância, de um ou dos dois, quanto ao devido cuidado com a ética, e a moral exigida para uma vida de relação.

Preferem os modismos “dos novos tempos”, apegando-se às paixões escravizadoras optando pela desmedida conquista dos bens materiais, onde se deleitam distraídos e entorpecidos pelos prazeres ilusórios e passageiros até que a dor os desperte para os ideais nobres da vida.

Por essa razão, a pressa por desfrutar todas as sensações possíveis transmitidas pela fantasiosa posse dos bens materiais, e dos prazeres do corpo físico, assumem a importância de uma meta, a ser conquistada a qualquer preço, não interessando a forma de aquisição, tendo em mente apenas o lema “viver bem”, esquecendo de que o ideal é “bem viver”.

Pensando dessa forma, vemos nos dias de hoje os jovens atirarem-se aos complicados processos de busca do prazer sem qualquer tipo de freio, enquanto espantoso número de adultos trocam o compromisso e os deveres com a família, pelas aventuras em busca de novas satisfações para atenderem aos apelos da mídia e da sociedade equivocada e corrompida.

Nesse absurdo desprezo pela moral que campeia em nossa sociedade doentia, a família tornou-se um campo de batalhas ásperas entre os princípios da decência, do respeito e do equilíbrio que deveriam falar mais alto nas relações e representar os valores a serem alcançados nas relações familiares, enfrentam as desleais propostas dos pensadores de ocasião, nas aberrações divulgadas pela mídia agressiva.

“O Lar sofre a carência do Cristo, vivo e ativo, em suas engrenagens, em processo de emperramento.

A família padece dessa Divina Presença, na sua ação cotidiana (…).

Diante da presença de Jesus, por meio da oração e do fraterno diálogo, mantidos no ninho doméstico, toda a visão do mundo se modifica para melhores perspectivas. Os entendimentos se dão respeitosamente e maduramente” (2).

A pesar de tudo a família vem resistindo firmemente aos covardes golpes que lhes tem sido desferidos. Na constituição de uma família na acepção da palavra, podemos sentir a mais elevada expressão do afeto, na fidelidade e no respeito pelo outro, onde começamos a desenvolver os sublimes conteúdos psíquicos que jazem adormecidos em nosso mundo íntimo, aguardando os necessários esforços para sua sublimação.

Urge vivamos cada dia em família como mais uma sublime “reencarnação de harmonização e pacificação com nossos principais afetos e desafetos”, em que nos cabe aprender com os benefícios de uma convivência fraterna e cristã, redimindo o passado e elevando o presente, para que o nosso porvir seja de paz e de luz.

Francisco Rebouças

Referências:
(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel – Livro: Família – Cap. Em Família.
(2) Teixeira, Raul, pelo Espírito Thereza de Brito, Livro: Vereda Familiar. Editora Frater, Cap. 24.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <http://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/encontro-regional-da-familia/> Acesso em: 03DEZ2017.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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