Página InicialTextos EspíritasA realidade da vida

1003 visualizações

A realidade da vida

dezembro 20, 2017

São incontáveis as experiências que a vida oferece a cada criatura no caminho da evolução que a Lei de Progresso nos impõe.

Em cada nova oportunidade reencarnatória, oferta-nos um farto cabedal de conhecimentos novos para o nosso fortalecimento intelectual, moral, espiritual, que em muito nos serão úteis no equilíbrio das emoções diante dos acontecimentos que iremos vivenciar na vida física, principalmente os imprevistos.

A maioria desses acontecimentos, tão comuns na vida de muitas pessoas do nosso convívio familiar, social, etc., que pareciam tão distantes da nossa realidade, e, por essa razão, sempre acreditamos que jamais aconteceriam conosco, hoje se apresentam desafiando-nos o equilíbrio e turvando nossa paz.

São problemas causados pela miséria material e moral pelas quais atravessa a humanidade em todo o nosso planeta, que entre muitos, podemos citar a falta de segurança, o crescente infortúnio patrocinado pelos vícios, a corrupção, o desrespeito ao próximo e às leis, o desamor, e principalmente a ausência do Evangelho nos corações dos indivíduos.

Embora não sejam assuntos que nos proporcionem prazer em debater, precisamos encarar a realidade da vida hodierna em nosso planeta de provas e expiações e cair na realidade que é chegada a hora de nos comprometermos cada qual com a parte que nos cabe, para modificarmos o estado de caos que grassa em nossa sociedade materialista egoísta e indiferente.

A própria vida nos faculta mudanças extraordinárias no percurso dos nossos dias como Seres racionais, que crescem em entendimento a cada oportunidade de voltar a este plano material, onde já desfrutamos de incalculáveis descobertas científicas, que nos alertam para o cuidado com o corpo físico, e nos recomendam não descuidar também do Espírito Imortal, ora em uso desse um envoltório carnal tão importante para o nosso progresso evolutivo.

Sobre o aspecto Espiritual, a Doutrina Espírita, melhor que qualquer outra, apresenta-nos o Evangelho de Jesus sem qualquer tipo de mistério, estimulando-nos ao trabalho incessante no desenvolvimento das virtudes que jazem no imo do nosso Ser, praticando a caridade no exercício do Bem e no cultivo da Paz em nossos caminhos.

“Quanto mais se adianta a civilização, mais extensos se fazem os processos de controle em todos os distritos da atividade humana.

O trânsito obedece a sinais previamente estudados.

Comutadores alteram a direção da corrente elétrica.

Automóveis usam freios altamente sensíveis.

Locomotivas correm sobre linhas condicionadas.

Simples engenhos de utilidade doméstica funcionam guardados por implementos protetores.

Em toda parte, surgem sistemas de cautela e defesa evitando perturbações e desastres.

Semelhantes apontamentos induzem-nos a aceitar o imperativo de governo à força mental, cujo destempero não somente inutiliza as melhores oportunidades daqueles que a transfiguraram em rebenque magnético da revolta, mas também azeda os ânimos, em torno, urtigando-lhes o caminho.

Cólera é sempre porta aberta ao domínio da obsessão.

Consultemos as penitenciárias, onde jazem segregados milhares de companheiros que lhe caíram sob as marteladas destruidoras: entrevistemos os suicidas, degredados em regiões de arrependimento e regeneração além-túmulo; ouçamos muitos daqueles que largaram inesperadamente o corpo físico  ou foram colhidos pela morte obscura e escutemos grande parte dos alienados mentais que vagueiam em casas de tratamento e repouso, quais mutilados do espírito, relegados à periferia da vida e encontraremos a explosão arrasadora da cólera na gênese de todos os suplícios que lhe garroteiam a alma…

Consideramos tudo isso e toda vez que a irritação nos acene de longe, ofereçamos de pronto à inundação dos pensamentos de agressividade e revide, violência e desespero, um anteparo silencioso com a barragem da prece”. (1)

Solicita-nos trabalhar agora enquanto não chega a “estação do inverno”, quando já não teremos as condições ideais para a construção da nossa morada em alicerces seguros. Esse trabalho a que o Mestre nos convoca, é a transformação moral, espiritual, que facilitará nos tornar pessoas melhores e conquistar os verdadeiros bens que nos acompanharão além da vida física.

Façamos o bem tanto quanto nos for possível, dentro das possibilidades que a vida nos conferiu, independentemente de quem for o beneficiado, porque a verdadeira caridade não reconhece qualquer tipo de exigência sob qualquer ponto de vista, que não esteja dentro do propósito superior de ser útil.

Francisco Rebouças

Referência:
(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel. Livro Ideal Espírita, Cap. 13.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque adaptada da disponível em
<http://www.robsonpiresxerife.com/notas/silveirinha-deixa-sindicalistas-e-servidores-para-tras/attachment/o-plano-era-seguir-em-frente/>. Acesso em: 18DEZ2017.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

Deixe aqui seu comentário:

Divulgue seu evento conosco.
É rápido, fácil e totalmente gratuito!

+ Clique e saiba como